A época pascal rememora a
crucifixão, ressurreição e ascensão de Jesus, ocorridas há 2000 anos. De acordo
com os ensinamentos cristãos, o Mestre se submeteu à crucifixão para provar a
veracidade de seus ensinamentos e mostrar que, mesmo destruído o corpo, Ele
ressurgiria três dias depois. É ensinado que, submetendo-se à morte do corpo,
Ele tomou sobre si os pecados do mundo e, dessa forma, morreu para salvar-nos.
A páscoa é, pois, a rememoração desses eventos, oportunidade em que se lembra e
louva o mais elevado dos homens – Jesus – que se submeteu voluntariamente a
esse sacrifício, para que o mundo vivesse.
Nós, estudantes da Verdade,
devemos juntar-nos ao mundo cristão inteiro, para entoar hinos de louvor e honrar
Aquele que, pela magnitude de seu amor, subida compreensão de Deus e do homem,
demonstrou, através da crucifixão, a capacidade de vencer o último inimigo – a
morte – ressurgindo do túmulo e sobrepondo-se a toda crença humana. O estudante
da Verdade compreende que na experiência da crucifixão, o Mestre demonstrou
poder sobre as leis materiais da vida – as crenças mortais que dão poder de
vida ao corpo, em vez de reconhecer que a Vida mesma, divina, eterna, é que
governa o corpo. Portanto, a crucifixão simboliza a destruição dos pecados do
mundo.
Quanto mais estudamos o Novo
Testamento, a mensagem e missão de Jesus Cristo, que culminaram nos dramáticos
eventos comemorados na páscoa, tanto mais se aprofunda e amplia nosso amor pelo
Mestre e Sua obra. E esse amor nos suscita um grande desejo de compreender o
princípio da vida, a missão, a mensagem e demonstração final de Jesus. Nenhum
outro homem teve maior amor do que ele, que deu a vida por seus amigos. Qual a
resposta que se levanta dentro de nós ao penetrar a profundeza do amor que essa
grande alma exprimiu ao mundo, em sua demonstração no calvário e na revelação
posterior, com os apóstolos?
Quando o estudante da Verdade lê,
pondera e medita essa gloriosa experiência, vivida pelo Mestre por amor à humanidade,
pode receber inspiração e força para dar o próximo passo, de descobrir o
princípio subjacente à crucifixão, ressurreição e ascensão. Qual a lição que o
Mestre desejou transmitir? Não sugeria, acaso, que nós também, a nosso modo,
devêssemos experienciar esses três passos? Não nos convida ele a estudar,
compreender e finalmente demonstrá-los? Não nos indica que todos devemos
demonstrar o princípio da imortalidade? Senão, como nos afirmou que faríamos as
obras que Ele fez e ainda maiores?
Todos nascemos para as
demonstrações que o Mestre exemplificou, em benefício daqueles que ainda não as
podem suportar. Ninguém pode chegar a ser um instrutor espiritual se não
atingir, em alguma medida, a vivência dos passos de Jesus, porque eles são vividos
no dia-a-dia, em pequenas demonstrações, até chegarmos às maiores expressões.
Nossa crucifixão começa pela
compreensão desta Verdade cristã: “Eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim,
é quem faz as obras”. Exatamente nesse ponto começa a renúncia aos supostos
méritos, aos apegos, à ambição desmedida, reconhecendo que o homem não vive
apenas de pão (fama, poder, riquezas, sabedoria humana), senão pela Vida que se
expressa por toda palavra que procede da boca de Deus. Aqui aprendemos a
primeira lição de cura espiritual: que a vida não depende da ação do coração e
de outros órgãos e funções do corpo, mas, sim, da consciência que temos da
Verdade espiritual (Deus como Vida onipresente).
O essencial é que não
precipitemos esse desabrochar. Entendamos firmemente que nossa saúde,
suprimento, harmonia de relacionamento, etc., não dependem apenas de esforços
humanos e estudos ou poderes físicos, como acreditávamos antes, por causa de
nossos condicionamentos sociais. É a palavra de Deus, mantida em nossa consciência,
que eventualmente se exprime como harmonia e outras bênçãos em nossa vida
cotidiana. Assim podemos compreender o real sentido das palavras de Jesus:
“Tenho um alimento que não conheceis”. Compreendendo a palavra de Deus,
habitando nela e deixando que ela habite em nós, conseguimos a substância que é
a Fonte interna de bens, o Sanador e Salvador interno – o alimento que o mundo
não conhece.
Crucificamos os medos humanos e
dúvidas quando, em vez de correr loucamente, entre ansiedades e cuidados, realizamos
tarefas diárias com esta compreensão: “Graças a Ele, tenho o pão, o vinho, e a
água. Tudo o que o mundo anseia e busca com muito esforço, já é meu”.
Relaxemo-nos à evidência desta promessa: “Filho, tu estás comigo sempre. Tudo o
que é meu é teu”. Desse modo crucificamos as preocupações e insegurança.
Ponderando as reiteradas
mensagens do Mestre acerca do perdão, conseguimos perdoar “70 vezes 7” aqueles
que abusam de nós e chegaremos até a orar pelos que nos perseguem e nos tratam
injustamente. Com esta demonstração crucificaremos nossos ressentimentos,
intolerância, ódios, medos e outros obstáculos a um saudável relacionamento.
Meditando profundamente a
mensagem do Mestre e Sua missão de curar os enfermos, ressuscitar os mortos,
abrir os olhos aos cegos e os ouvidos aos surdos, concluímos que o que diz::
“nunca vos deixarei nem vos abandonarei, mas estarei convosco sempre, até o fim
do mundo”, é o Cristo, dentro de nós, buscando desempenhar Sua missão, agora
como antigamente, de curar nossas mentes e corpos, de dar-nos um sentido mais
alto de vida, de purificar nossas almas, de perdoar nossos pecados, de
alimentar-nos com o pão da vida e sustentar-nos com a água da vida eterna. Com
esta compreensão crucificamos muitos outros óbices à nossa realização e
despertar.
A culminância da crucifixão chega
à sua vida e à minha , pouco-a-pouco, com a ajuda de estudo, meditação e
prática da mensagem espiritual, até que, num glorioso dia, desponta em nossa
consciência esta Verdade: “Não sabeis que sois filhos do Deus vivo?” Nesse
momento, todo sentido pessoal, toda identificação humana, é crucificada e
morta. O período para esta conquista é o dos simbólicos três dias, para
nascermos outra vez, isto é, para sermos renascidos no Espírito. Então saímos
do túmulo da personalidade humana e seus suportes materiais. Mas nos estágios
iniciais deste renascimento interno, na consciência da filiação divina e
sustidos pela divina substância, trazemos as marcas da crucifixão, como o
Mestre o demonstrou. É a alegoria das lembranças das falhas, fracassos e dores
que transcendemos, como a árvore que sobe e deixa as marcas dos galhos que
soltou. São aparências externas que levamos por certo tempo ainda, se bem que
tenhamos ressurgido internamente.
Agora andamos na Terra, com
aparência de homens comuns, mas como filhos espirituais de Deus e
ocasionalmente cometendo pequenos deslizes, pelo simbólico período de 40 dias.
Mas somos uma evidência viva aos nossos discípulos, amigos e parentes, do fruto
que amadurecemos. Eles percebem que já não dependemos dos valores humanos e nem
tememos os Pilatos deste mundo, pois realizamos a graça da comunhão interna com
o Pai, dizendo, em humilde confiança, por tudo que fazemos: “Eu, de mim mesmo,
nada sou; o Pai, em mim, é Quem faz as obras”.
Dentro de nossa dimensão, todos
podemos aprender a orar corretamente e sintonizar-nos com a Fonte divina
interna, para receber a graça de levar a cura e solução de problemas aos
demais. Mas isto depende muito de nossa compreensão da mensagem e missão de
Jesus Cristo. Desse modo atingiremos níveis mais altos de consciência, pela
crucifixão, em escalas diminutas, de nossos condicionamentos, das crenças
materiais e dependência a poderes e sabedoria humanos. Ao mesmo tempo chegamos
ao ponto de compreender e demonstrar o poder do Pai, em nós, pela
conscientização de que não vivemos meramente do pão, mas “de toda palavra que
procede da boca de Deus”.
Joel S. Goldsmith
http://busca-espiritual.blogspot.com.br
ORAÇÃO DA GRATIDÃO
Altíssimo Deus do Universo
Somos gratos pela vida que nos destes, por cada amanhecer
que
renova as oportunidades de servir ao Vosso propósito, por
cada
anoitecer que nos permite
dar descanso ao nosso corpo e liberdade
a nossa alma. Somos gratos pelo espaço sagrado que nos foi
reservado na Mãe Terra, pelo alimento que nos dá sustento,
pelo sol
que nos aquece, pela água que nos purifica, pelo ar que
respiramos.
Somos gratos pela consciência que nos permite escolher,
pelos
desafios que nos fazem crescer, pela compreensão que aqui
estamos
para aprender e melhorar.
Somos gratos pelo teto que nos protege,
pelo trabalho que nos impulsiona, pela família que nos
completa e
pelos amigos que trilham conosco no nosso caminho de vida.
Somos
gratos pelo corpo que sustenta nossa alma e torna a nossa
jornada
possível, pela saúde para cumprir nossas tarefas, pela mente
sã que
nos permite sonhar, pelos desafios que nos permitem crescer.
Somos gratos por todas as oportunidades, por todas as
conquistas, por cada instante sagrado, por cada respiração, por cada
pensamento, por cada sentimento revelado. Somos gratos, principalmente, por
termos a oportunidade de amar, cada vez mais e com a intenção mais nobre que
existe em nossos corações
Nesta sintonia o PORTAL ARCO ÍRIS , deseja a Família Cósmica
Feliz Renascimento Crístico!
Feliz Páscoa!!!
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