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Fatima dos Anjos
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sexta-feira, 14 de julho de 2017

O QUE EXTRAÍMOS DA VIDA?

O QUE EXTRAÍMOS DA VIDA?
Mensagem do Mestre Serapis Bey através de Thiago Strapasson
11 de julho de 2017
Meus irmãos,

Vocês, que andaram a caminho de si mesmos, que procuraram se descobrir, que não se recusaram a se enfrentar, que passaram pelas dores, pelas lutas da vida, andaram por caminhos tortuosos, muitas vezes sofreram, riram, divertiram-se, mas não deixaram de viver. Vocês, filhos, são aqueles que aprenderam os seus próprios limites, as suas limitações, mas também viram que têm muitos potenciais, muito a dividir, muito a se doarem.


Assim é a vida, ela foi feita para se viver cada dia, a cada simples desafio, a cada obstáculo do caminho. Muitos deles, tão simples, tão normais, mas que diante de nossas próprias restrições, se transformam em muros intransponíveis. Outros, verdadeiras montanhas à nossa frente, que passamos sem sequer dar muita atenção.

Como é a vida? É feita dessas experiências. Umas que já aprendemos a superar, e somos mestres nesses obstáculos, e podemos ensinar o caminho a outros que ainda tropeçam. Outras, que ainda precisamos de uma mão que se estenda diante de nós, para que possamos vivê-las com mais segurança.

Mas percebam, meus irmãos, como dos mais simples aos mais duros obstáculos da vida, todos estão a nos ensinar, todos estão a nos conduzir ao nosso próprio conhecimento. Porque o grande problema não está na situação, no obstáculo, no enfrentamento em si, mas sim no que a experiência nos gera em termos de sentimento.

Através das experiências aprendemos a superar não somente o obstáculo em si, mas também a nós mesmos. Saímos mais fortes, porque aprendemos a nos conhecer, a lidar com nossos próprios sentimentos, com nossas emoções. Assim nos tornamos mais equilibrados porque somos conhecedores de nós mesmos.

E nesse trajeto, nos deparamos com nossos irmãos, que muitas vezes, a partir de suas próprias restrições, projetam suas próprias dificuldades até os nossos dias, a tornar a nossa vida mais dura. Projeção essa que ressoamos e aceitamos, permitindo que ela se torne difícil, porque entramos no embate, enquanto poderíamos simplesmente compreender os nossos sentimentos e, então, perdoar, ter compaixão, irradiar amor.

A partir da nossa própria dor, compreendemos a dor daquele que nos coloca na situação de nos enfrentarmos. E assim vamos nos tornando os mestres da vida, os mestres das nossas emoções, daquilo que sentimos e de como reagimos. Assim somos mais fortes, mais confiantes.

Ao nos conhecermos, nos enriquecemos, aprendemos a cada dia o que sentimos diante de cada experiência. E aprendemos mais, a não permitir que os sentimentos nos controlem. Nos tornamos proprietários de nossas emoções, mas não porque lutamos a reprimi-las, e sim porque conhecemos o que esses sentimentos nos geram, como reagimos. O aprendizado não está em como lidar com o externo, mas sim em saber o que cada experiência nos gera. Eis a verdadeira lição da vida.

E então vamos nos tornando nossos próprios mestres, aqueles que se conhecem profundamente, que permitem que as emoções venham, porque elas já não nos controlam. Somos nós que olhamos os nossos sentimentos a dizer: “Venha aqui, meu caro amigo, que somos velhos conhecidos”.

É assim que passamos a nos ver, como um velho amigo, que se conhece profundamente. Que sabe com o que está a lidar.

Mas eu os pergunto: Como podemos nos conhecer, se estamos a nos esconder, a julgar os nossos sentimentos, a não aceitar aquilo que somos. Como, filhos, é possível viver sem estar pleno, integral diante da vida, sem estar entregue?

A vida, filhos, não é dura. Duro, de verdade, somos nós mesmos, com os nossos sentimentos. Escondemos a nossa verdade, deixamos de sentir, nos bloqueamos, e assim deixamos de ser integral, deixamos de nos conhecer, não nos entregamos à vida. Então a vida se torna dura, porque fugimos da nossa verdade. A vida é dura para aqueles que não se entregam, que não se conhecem, que não testam os seus próprios limites, com entrega, e buscam a profundidade de si mesmos.

Observem, filhos, que aqueles que se desafiam, que a cada dia enfrentam uma nova dificuldade, estão sempre a ir adiante, a buscar a si mesmos. Já aqueles que se escondem, bloqueiam-se, são justamente os que caem na amargura, no ressentimento, na energia da mágoa, porque não aceitam terem sido desafiados, serem colocados diante de si mesmos, desnudos, sem máscaras. Isso dói, mas liberta. E aqueles que compreendem algo tão singelo, são livres, riem da vida e aprendem a cada dia com os seus próprios sentimentos.

Esses são aqueles que aprenderam a cair e levantar. Que já não se preocupam em se sentirem menores, porque desse sentimento tiram sua própria força a se reequilibrarem diante das experiências. Já não se apegam à sua própria perfeição. Tornaram-se mais simples, simplesmente porque erram, e lidam com seus sentimentos diante de suas escolhas na vida.

E vemos que, talvez uma das mais duras provas da vida, seja a falta de aceitação com aquilo que somos. Quando o espelho diante de nós nos coloca diante de nossas carências, de nossos apegos, daquilo que sempre acreditamos ser e, então, irradiamos nossa raiva, nosso ódio, contra aqueles ou aquilo que está a nos desnudar, a nos colocar diante de nós mesmos. Essa é a lição da vida. Aprender a ter humildade diante de nossas escolhas, de nossos sentimentos, para que ao menos possamos ser verdadeiros.

Por isso é que a vida não foi feita para reclamarmos das experiências, para julgarmos, criticarmos aquilo que está diante de nós. Mas sim foi feita para aprendermos sobre o que sentimos, sobre o que acreditamos. E apenas no enfrentamento da vida é que a lição é aprendida em profundidade. É na lição da vida que aprendemos sobre nossos próprios sentimentos, sobre nossas reações diante das experiências.

No fundo, a busca é pela liberdade, mas não por sermos livres diante do mundo. E sim por nossa própria liberdade, de sentir tudo o que somos. A liberdade maior está nesse sentimento de permissão, onde os sentimentos vem, passam, mas não nos dominam, eles não são repreendidos, não se transformam em revolta, em raiva, mas são vividos a partir do perdão, da compreensão e do amor.

Assim é a vida.

Estejam em paz

Serapis Bey
Thiago Strapasson

Fonte:

http://www.pazetransformacao.com.br/2017/07/o-que-extraimos-da-vida-mestre-serapis.html#more

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