PERSISTÊNCIA É A PALVRA DO MOMENTO Por Ivete Adavaí Brito 14 de fevereiro de 2017
Vida.
Vida. Vida. É tudo o que temos e tudo o que somos. Cada dia que passa
sinto como tudo é ao mesmo tempo complexo e simples, como tudo é
multifacetado e como não podemos apenas achar que somente um lado da
questão é a correta. Tudo tem um sentido. Nada pode ser reduzido como se
faz com um cálculo matemático. A vida é muito mais do que isso. Podemos
até nos ater a determinados pontos de vista, porque a vida é curta e
não dá para avaliarmos tudo de uma só vez, por isso mesmo temos várias
vidas para termos as oportunidades de que precisamos para vivenciar cada
situação.
Ultimamente a situação mundial chegou a um ponto em que
se não tivermos fé e confiança de que tudo isso faz parte de um plano
maior, não vamos conseguir sobreviver com um mínimo de contentamento e
gratidão. A coisa aparentemente está feia e só podemos inferir que há
algo bem mais importante acontecendo nos bastidores, porque senão a vida
não teria qualquer sentido.
Uma rápida avaliação das civilizações
e culturas, que o ser humano tem criado através dos milênios de
existência na Terra, demonstra que, apesar dos avanços tecnológicos, o
ser humano continua sendo o que sempre foi em termos de massacres,
poderio, controle, expansionismo, cobiça, desconsideração em relação aos
outros, ganância e leviandade. No entanto, fazendo parelha com tudo
isso, vemos o mesmo ser humano solícito, ajudador, compassivo, empático,
interessado no bem do outro, disposto até a certos sacrifícios
desnecessários, enfim o velho ser humano que abriga tudo dentro de si, o
chamado bem e mal, que vimos aqui experimentar para ver se no final das
contas o amor prevaleceria.
Por tudo que temos visto, acredito
que o amor venceu. Venceu mesmo. O que ainda vemos que não é amor, são
resquícios de situações já vividas, que ainda estão por aí para serem
dissipadas de uma vez por todas. A existência humana é pequena em
relação às experiências que temos que viver, mas ao somarmos todas as
existências que tivemos, formamos um caleidoscópio bem interessante que
nos dá uma boa visão do que vimos aqui experimentar.
Muita coisa
foi desaprendida, por falta de uso, como por exemplo, o nosso corpo
físico que sofreu algumas mudanças de roteiro devido às químicas
impostas pela ganância das corporações farmacêuticas. Mas, ainda assim,
percebemos que quando damos ao nosso corpo a oportunidade de se
regenerar, quando procuramos compreendê-lo sem abusar de substâncias,
que tentam substituir a sua atividade normal, ele se regenera de uma
forma milagrosa. Isso porque ele foi criado com essa prerrogativa de
poder regenerar-se. Claro, que vez por outra precisamos dar-lhe um
suporte maior, talvez com um produto homeopático, floral ou mesmo um
óleo essencial ou fitoterapia. Contudo, o nosso corpo é poderoso,
consciente, inteligente e sabe das coisas… nós é que não sabemos e
muitas vezes trabalhamos contra, em vez de a favor de nosso corpo.
É
bom confiar no fato de que estamos apenas passando por dificuldades
próprias do momento grandioso por que estamos passando, e que o futuro
será brilhante, que a atual civilização está mesmo nos estertores e que
algo novo e diferente será instalado em seu lugar. Aliás, já notamos
aqui e ali, núcleos dessa mudança, que, no tempo certo, será ampliada
para envolver tudo e todos.
As tentativas de nos amedrontar em
todos os níveis se faz presente agora, não só nas grandes e médias
cidades, mas também nas pacatas cidades interioranas e mesmo na zona
rural, na roça, como se chamava antigamente. Parece haver um desespero
no ar, de quem se despede e sabe que não terá outra chance de existir. É
assim que eu percebo a partida da terceira dimensão, uma avidez
incontestável em bagunçar tudo o que ainda pode, para deixar-nos
temerosos e descrentes das promessas. Temos que ser inabaláveis, nada de
retrocessos, temos que manter os olhos fixos no prêmio, por assim
dizer, para não perdermos a perspectiva e nos deixar levar pela
aparência do nosso mundo atual. Parece uma dissonância cognitiva, porque
vemos uma coisa e acreditamos em outra… pois é. Mais uma vez cabe aqui
uma exortação a que nos voltemos para dentro de nós mesmos e busquemos
internamente aquilo que tanto desejamos ver em nosso mundo externo… e
isso é o que vai terminar acontecendo. Há que se ter persistência, fé,
confiança e não nos deixarmos levar pela dúvida ou pela impaciência.
Cada
um procura viver nestes tempos da melhor forma possível. Cada um cria a
própria crença daquilo que pode esperar do futuro. Vamos respeitar
isso, porque cada um sabe de si e não nos cabe julgar o nosso
semelhante, no caso de não adotarmos a sua crença, que muitas vezes pode
nos parecer como um artifício de sobrevivência. Se a pessoa só consegue
se manter firme com isso, que seja, que acredite, que siga o seu
caminho. Faz-se o que se pode. Não precisamos acompanhá-lo em sua crença
se isso não fizer parte do nosso caminho.
Vamos em frente!
Ivete Adavaí Brito
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