Ramatís, ou Swami Rama-Tys, é uma presença polêmica no mundo
espírita, com obras psicografadas que abrangem inúmeros aspectos das atividades
espirituais. Os textos vão desde fatos da vida de Cristo à bomba atômica e se
constituem em uma leitura que revela um caminho de luz acessível a todos.
- Alex Alprim -
Para conhecermos melhor a história de Ramatís, precisamos
retroceder até o século 11, na região que viria a ser conhecida como Indochina,
e que na época era dominada pelo império chinês. Do amor entre um hindu e uma
chinesa, nasceu uma criança que iria se tornar um grande ser de luz. Tinha
cabelos negros, pele cor de cobre e olhos castanho-escuros, iluminados.
A criança cresceu e se tornou um verdadeiro guru,
ingressando em um dos muitos santuários iniciáticos da Índia. Entretanto, em
encarnações anteriores, diz-se que ele já tinha sido o grande matemático e
filósofo Pitágoras (cerca de 570 - 496 a.C.) , bem como Filon de Alexandria
(cerca de 30 a.C. - 40 d.C.), um filósofo judeu responsável pela famosa
Biblioteca de Alexandria. Nesse mesmo período, ele desfrutou da companhia
inesquecível do mestre Jesus Cristo. Encarnou igualmente como Koot-Humi, um dos
mentores de Helena Petrovna Blavatsky (1831 - 1891), a fundadora da Sociedade
Teosófica.
Em época ainda mais recuada, ele viveu na Atlântida,.quando
conheceu o espírito que seria conhecido como Alan Kardec, e com o qual se
encontraria novamente em sua passagem pelo Egito, no templo do faraó Mernefta,
filho de Ramsés; no Egito, Ramatís era então o sacerdote Amenófis.
Ao longo de suas encarnações, Ramatís sempre teve contato
com os grandes sábios de cada era. Em sua vida na Grécia Antiga, no período em
que ela estava em plena ebulição cultural, segundo informam algumas
psicografias, ele já tinha conhecimento da imortalidade da alma, da purificação
através de sucessivas reencarnações, e seus ensinamentos buscavam mostrar as
nítidas vantagens de espiritualizar a vida. Ainda cultivava a música, a matemática
e a astronomia. Nessa época, ele começou os estudos sobre o deslocamento dos
astros e conclui que a Ordem Superior domina o Universo.
Em sua encarnação como Ramatís, ele se distinguiu como
grande sábio, tendo feito parte da história da Índia no período da invasão dos
arianos, por volta do século 4 a.C. Diz-se ainda que ele teria participado dos
acontecimentos narrados no conto épico conhecido como Ramaiana.
Nessa ocasião, realizou seus estudos iniciáticos na China.
Posteriormente, fundou um pequeno templo na Índia, sendo adepto da tradição de
Rama. Desencarnou jovem, pois sua missão já havia sido cumprida.
Depois disso, no Plano Superior das Inteligências
Espirituais, filiou-se definitivamente a um grupo de trabalhadores espirituais
conhecido como Templários das Cadeias do Amor. Trata-se de um agrupamento nas
colônias invisíveis do Além, que se dedica a trabalhos ligados à corrente
oriental de pensamento.
O nome Ramatís (Rama - Tis), ou Swami Rama Tys, como era
conhecido em sua época, é uma designação de sua hierarquia e dinastia
espiritual. Rama é o nome que se dá à própria divindade, o Criador, cuja força
criadora emana para as nossas vidas quando pronunciado corretamente; é um
poderoso mantra que ativa os princípios masculino e feminino contidos no Universo.
A saudação se torna plena, ativando a semente divina interior, quando se
pronuncia Ramaatis.
Os Discípulos de Ramatís
O templo que ele fundou foi erguido por seus primeiros
discípulos. Nesse local, ele ministrou e aplicou todos os conhecimentos adquiridos
até aquela vida. Diz-se que as pedras usadas em sua construção receberam
energias especiais, fruto da evolução de cada discípulo no caminho por ele
delineado.
Muitos desses discípulos estão hoje encarnados em nosso
mundo. Em sua última estada na esfera física, Ramatís teve setenta e dois
discípulos, vindos das mais diversas linhas religiosas e espiritualistas do
Egito, Índia, Grécia, China e até mesmo da Arábia; todos queriam ir além e
unir-se à irmandade que Ramatís formara.
Após sua passagem, muitos deles não conseguiram se manter
dentro do padrão iniciático original, e decaíram. Apenas dezessete conseguiram
envergar a simbólica "Túnica Azul" (o domínio da Vontade) e atingir o
último grau do ciclo iniciático em seus invólucros físicos.
Mas em seu trabalho espiritual, Ramatís teve contato com os
outros discípulos e muitos, ao longo de suas vidas físicas, retornaram ao seio
dos seus ensinamentos. Existem vinte e seis adeptos que estão no Espaço
Espiritual (desencarnados), cooperando nos trabalhos da "Ordem da Cruz e
do Triângulo"; outros se espalharam pela Terra. Sabe-se que dezoito
reencarnaram no Brasil, seis nas Américas, e outros, na Europa e Ásia.
Dos dezoito que reencarnaram no Brasil, um deles,
Atanagildo, já desencarnou e encarnou novamente, no estado de São Paulo. Outro
desencarnado, o professor Hercílio Maes, é considerado um dos que mais
contribuiu para a obra de Ramatís no Brasil, tendo publicado vários livros
psicografados com mensagens do seu mestre. Outros são: Demétrius, chefe espiritual
do GEID (Grupo Espírita Irmão Demétrius); e o dr. Atmos (hindu, guia espiritual
e diretor-geral de todos os grupos ligados à Fraternidade da Cruz e do
Triângulo), chefe espiritual da Sociedade Espírita Ramatís.
Os discípulos de Ramatís usam os conhecimentos adquiridos
para ultrapassar as experiências físicas e sensoriais limitadas pela matéria,
respeitando todas as linhas espirituais e compreendendo a necessidade que os
homens têm de buscar a Verdade. Essa busca, segundo explicam, ativa o exercício
de vôos mais amplos, que acabam por desvendar a verdade crística do mundo.
Diz-se que a Europa se encontra no final de sua grande
missão civilizadora e, devido a esse desenlace cármico e espiritual, muitos dos
discípulos reencarnados naquelas terras emigrarão para o Brasil. Segundo
Ramatís, aqui reencarnarão os que vão anteceder a generosa humanidade do
terceiro milênio.
O médium Hercílio Maes, embora fosse reservado quanto a esse
assunto, escreveu extensa obra psicografada de Ramatís e, segundo conversas
íntimas com pessoas próximas a ele, relatou que teria sido "adotado"
por Ramatís quando de sua primeira encarnação expiatória, no Egito, no reinado
de Akenaton (Amenófis IV, cerca de 1370 - 1352 a.C.), na qual exercia a modesta
profissão de aguadeiro.
Em determinada ocasião, respingou água nas sandálias de uma
dama da corte e, num julgamento sumário, foi condenado à morte. Ramatís
intercedeu e o faraó ofertou-o a Ramatís. Colaborando com esse relato, em 2002,
durante a revisão do livro Akhenaton, obra histórica psicografada pelo médium
Roger Bottini Paranhos, constatou-se que Ramatís aparece ali como o sumo
sacerdote do faraó, com o nome de Meri-Rá.
A Fraternidade da Cruz e do Triângulo
Na dimensão espiritual, Ramatís exerce uma forte atuação
junto à Fraternidade da Cruz e do Triângulo e se empenha em divulgar os
ensinamentos de Jesus Cristo. Paralelamente, ensina a atuar segundo a antiga
tradição espiritualista do Oriente, estabelecendo assim um intercâmbio entre as
correntes espiritualistas do Ocidente e do Oriente.
Segundo relatos de vários espiritualistas, no final do
século 19, no Oriente, houve uma fusão entre duas importantes fraternidades.
Tratava-se da Fraternidade da Cruz, que divulga os ensinamentos de Jesus, e a
Fraternidade do Triângulo, ligada à tradição espiritual oriental. Após essa
união, as duas fraternidades - consideradas Fraternidades Brancas -
consolidaram uma série de práticas e trabalhos espirituais que resultaram na
formação da Fraternidade da Cruz e do Triângulo.
Seus membros usam vestes brancas com cintos e emblemas de
tonalidade azul-clara esverdeada. Sobre o peito, trazem suspensa uma corrente
com um triângulo lilás luminoso, no qual se encontra uma cruz em forma de
lírio, símbolo que exalta a obra de Jesus e da mística oriental. O que os
mentores informam é que todos os discípulos da Fraternidade que se encontram
reencarnados na Terra são profundamente devotados às duas correntes
espiritualistas.
Em seu trabalho no plano espiritual, Ramatís supervisiona as
tarefas ligadas aos discípulos na Metrópole Astral do Grande Coração. Segundo
informações de seus psicógrafos, atualmente ele participa de um colegiado no
Astral de Marte. Os discípulos dessa ordem cultuam os ensinamentos de Jesus,
que foi o elo definitivo entre todos os instrutores terráqueos, assim como a
sabedoria e o trabalho espiritual de Antúlio, de Hermes, de Buda, de Confúcio e
de Lao-Tsé.
Esse é um dos motivos pelos quais os seguidores de Ramatís
na Terra - embora profundamente devotados ao pensamento cristão - também têm
profundo respeito pela espiritualidade do Oriente.
Ensinamentos e Mensagens
A temática ensinada e discutida nas obras de Ramatís é
sempre apresentada a partir de um enfoque universalista, e também encontra
paralelo nos temas abordados por André Luiz e outros espíritos do bem. Em suas
psicografias,
Descrição de RamatÍs
A aparência de Ramatís, conforme geralmente é apresentada em
pinturas e desenhos, deve-se às visões de vários médiuns que entram em contato
com ele, recebendo suas mensagens. Ele é apresentado como um espírito que surge
envolto em uma luminosidade intensa, com uma aura amarelo-clara com nuanças
douradas, circundada por traços finos em azul celeste e carmim.
Seu traje é composto por uma capa que se estende até seus
pés, além de uma túnica com mangas muito longas, ajustada por um cinto largo,
esverdeado e tão luminoso quanto o restante de suas vestimentas. As calças são
fechadas nos tornozelos. A textura das vestes lembra a da seda, imaculada e
brilhante, como se fosse feita da pétala de um maravilhoso lírio translúcido.
Os sapatos são de cetim azul esverdeado, amarrados por cordões dourados que se
enlaçam atrás, acima do calcanhar, à moda dos antigos gregos.
A cabeça é coberta por um turbante com muitas pregas, tendo
no meio uma cintilante esmeralda, ornamentada por vários cordões finos de
várias cores, que lhes caem sobre os ombros.
Sobre o peito, ele carrega uma corrente,formada de pequenos
elos, da qual pende um triângulo de suave luminosidade, emoldurando uma
delicada cruz. Sua indumentária sugere a sua posição iniciática, mas sem
deixá-la clara; parece uma mistura de culturas, desde o traje até os seus
acessórios, parecem banhar-se tanto na cultura oriental quanto ocidental.
Embora possa parecer exótico, diz-se que esse tipo de vestimenta era comum aos
altos sacerdotes da antiga Atlântida.
Ramatís acrescenta temas e mensagens que, geralmente, são
abordados pelos chamados ocultistas, esclarecendo pontos obscuros das práticas
espirituais.
Outro aspecto interessante no trabalho de Ramatís é o quanto
suas revelações e profecias encontram semelhança com as de outros videntes,
mencionados no livro Mensagens do Astral.
O ponto central das mensagens e do trabalho de Ramatís - que
é seguido por diversas casas espíritas que recebem suas indicações espirituais
– é a postura universalista e não-sectária, que permite absorver os
conhecimentos espirituais das mais diversas linhas, convergindo dessa forma
para uma união semelhante à que se dá no plano etérico entre as fraternidades
da Cruz e do Triângulo, refazendo a máxima hermética de que o macrocosmo e o
microcosmo estão correlacionados e se influenciam.
Segundo relatos, numa conferência pública realizada em 1969,
no Instituto de Cultura Espírita do Brasil, o médium Hercílio Maes disse que
recebeu informações dos espíritos superiores referentes tanto à atuação de
Emmanuel e Chico Xavier, quanto à de Ramatís e do próprio Hercílio Maes, assim
como de outros integrantes de futuras equipes de trabalhos espiritualistas. A
idéia é que cada qual teria sua função e atuação específica, no sentido de
constituir um amplo movimento de unificação que resultaria na implantação, no
futuro, de um só rebanho para um só pastor: Jesus Cristo.
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