OM SAI RAM
É uma saudação ao Deus que habita
em cada um de nós e que é, ao mesmo
tempo, nosso Divino Pai e Mãe.
‘OM’ é o som primordial, com o qual Deus criou o universo; é a energia
vibratória permanente em todo o cosmos, na forma de ressonância; ‘SAI’
significa “Mãe” e ‘RAM’ é apócope do Nome de Rama – aquele que adoça ou alegra
o coração – ou seja Deus, o Pai Divino. Devotos costumam saudar uns aos outros
usando esse mantra, que também pode ser recitado como Namasmarana – Repetição
do Nome de Deus. Outra variação é acrescentar o termo ‘SRI’, que significa
Senhor, e desta maneira temos o mantra Sai: OM SRI SAI RAM
“O Uno é a base dos muitos. Para
reconhecer esta unidade, a pessoa precisa prática e esforço. Para as ervas
daninhas crescerem, nenhum esforço é exigido de nossa parte, mas, para o grão
ser colhido, o campo deve ser lavrado, capinado, aguado, adubado e cercado.
Assim também, para conseguir uma colheita de virtude, é necessária uma prática
espiritual intensa, mas nenhum esforço semelhante é necessário para contrair
vícios.
O homem precisa se esforçar muito
para alcançar as etapas mais elevadas do desenvolvimento espiritual. Ele tem
que superar muitos obstáculos e suportar muitas dificuldades e decepções”
“Desenvolvam constância na recitação do Nome de Deus e confiança no valor desse
Nome. Então, mesmo se o mundo todo disser “Faça o mal”, vocês se recusarão a
obedecer e seu próprio sistema se revoltará contra isso. E mesmo se o mundo
todo pedir para desistirem, vocês insistirão em fazer a coisa certa. Vocês
precisam cultivar quatro tipos de força: força do corpo, do intelecto, da sabedoria
e da conduta.
Então, vocês se tornarão
inabaláveis e estarão no caminho da vitória espiritual. Quando você repete o
Nome sem sentimento, raramente ele alcança o alvo. O Nome do Senhor deve ser
recitado com admiração e entusiasmo, humildade e reverência. O arco deve ser
esticado ao máximo antes que a flecha seja lançada; então ela perfurará o alvo.
O sentimento é a força que torna
o barbante esticado e faz o Nome alcançar a divindade, o portador do Nome” “A
retidão purifica a mente e direciona você para Deus. Ela cria uma predileção
pelo Nome e pela Forma de Deus. Quando ama o Nome e a Forma de Deus, você
naturalmente respeitará e obedecerá ao Seu comando.
OM
“OM é o som primordial, o som
causado pelas vibrações da Criação através da Vontade Emergente do Sem Forma e
Sem Atributos, e é conhecido como o som transcendental divino. É uma composição
dos sons A, U e M. Assim como D, E, U e S tomados juntos se pronunciam “DEUS,
também as letras A, U e M são pronunciadas como OM. “A” emana da garganta, “U”
da língua repousando no interior da boca e “M” dos lábios. Mas quando o OM é
pronunciado, o som emana da região central do ser.”
OM é DEUS, DEUS É OM. Podemos
refletir sobre os aspectos de Deus em Sua „OMnipresença, OMnisciência,
OMnipotência?… ”DEUS ressoa, reage e reflete em todos e em cada um”; “Ele Cria,
Sustenta e Transforma”; “Eis a Perfeita trindade UNA”; “ Eu sou o mensageiro de
Deus, Eu sou o Filho de Deus, Eu e o Pai somos Um”; “Eu estou na Luz, a Luz
esta em mim, Eu Sou a Luz”; “ E no Princípio, era o Verbo…”
Bhagavan Baba orienta que durante
a repetição deste Divino Verbo, a atenção seja amorosamente direcionada no
centro cardíaco e que o fluxo da energia respiratória siga conscientemente no
sentido ascendente até o centro frontal e desça novamente ao centro do peito e
circule neste comando durante todo o tempo da repetição. É recomendação de
Bhagavan que antes de iniciar qualquer prática espiritual, o entoemos três (3)
vezes.
A – representa a Criação do
Universo
U – simboliza a Sustentação do
Universo
M – representa a Transformação do
Universo
“OM é a maneira como as letras A,
U e M são pronunciadas em conjunto. Nenhuma dessas letras possui força
espiritual, mas juntas elas despertam vibrações energizantes. Repitam o OM
lentamente, contemplando suas vastas potencialidades. O A emerge da garganta, o
U rola sobre a língua e o M termina nos lábios. Ou seja, o OM, que se compõe de
A, U e M, é a soma e substância de todas as palavras que podem emanar da língua
humana.
É o som primordial, fundamental,
símbolo do Absoluto Universal. Depois do M, tem que haver uma ressonância
silenciosa, a qual representa o Sem Atributo, o Sem Forma, o Abstrato, o
Niraakaara Parabrahman. A voz ascendente do Pranava ou Om tem que fazer uma
curva no M e descender tão lentamente como ascendeu, tomando tanto tempo quanto
demorou para ascender, desaparecendo no silêncio, que ecoa na consciência
interior.”
“O OM tem que ser recitado
lentamente e com consciência. O som tem que ser como o de um avião, que se
aproxima do ponto onde você está e depois voa para se afastar novamente (suave
no início, mas gradualmente tornando-se cada vez mais alto, voltando depois
lentamente ao silêncio, silêncio este após a experiência, sendo tão
significativo como o Pranava).”
“O OM resume os Vedas e seus
ensinamentos. Om thath sath,
diz a Gita. Thath (Aquilo) que Sath (é) é Om, o Uno. Tudo isso é
Brahman, o Uno sem um segundo.” O símbolo da plenitude é OM, o Pranava. Os
Vedas anunciam: “O som Uno indestrutível Om é Brahman, o Absoluto Universal.”
Tudo o que se move e o que não se
move, em todo lugar, está apenas parafraseando o OM, elaborando sua natureza,
ilustrando suas potencialidades. O passado que já se foi, o presente que está
aqui e o futuro que se aproxima, todos são também Om.” “OM é uma composição de
três sons (…). Deve ser pronunciado em um crescendo e tão lentamente quanto
possível, diminuindo lentamente depois, até que após eles haja um eco do
silêncio reverberando na cavidade do coração.
Não o façam em dois estágios,
argumentando que sua respiração não agüentará por tanto tempo. Perseverem, até
que sejam capazes de se unir a curva ascendente e descendente e o silêncio
resultante. Eles representam o estágio desperto, o sono com sonho e o sono sem
sonho, e o quarto vai além desses três estágios. Representam também a flor da
nossa individualidade crescendo e tornando-se uma fruta e enchendo-se de um
doce néctar a partir de sua própria essência, terminando por liberar-se da
árvore.”
“Quaisquer coisas que façam no
campo espiritual devem fazê-lo como um exercício espiritual, com total
conhecimento sobre seu significado, para seu progresso. Muitas pessoas não
sabem que o OM ou Pranava é a união de três sons, A, U e M.
Quando escrevem DEUS, vocês não
pronunciam “De-e-u-esse”, vocês dizem DEUS. Da mesma forma, AUM se pronuncia
OM. OM tem uma continuação, de um M que desaparece até finalmente
transformar-se em silêncio, um silêncio que é sentido e experimentado.”
“O método mais efetivo de cultivar
prema (amor) é praticar Naamasmarana (repetição do nome de Deus). Ou, melhor
ainda, usar seu tempo em Pranavopaasana (repetição do OM).
OM é a origem da Criação; é a
fonte, o sustento e a força. É o prana (vida) de todos os seres. Assim como o
ar forçado através das palhetas de um harmônio produz as sapthaswaras (sete
notas musicais), Sa-ri-ga-ma-pa-dha-ni, o Om está na raiz de todos os sons em
todos os mundos. Conheçam seu significado e pratiquem sua recitação. Cada
pequeno movimento ou
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incidente resulta em som, vocês
apenas não conseguem ouvir porque o alcance da sua audição é limitado. A queda
da pálpebra sobre o olho produz um som, o orvalho caindo em uma pétala produz
um som. Qualquer pequena agitação que perturbe a calma produzirá um som. O som
causado pelo movimento primordial, que resultou no envoltório de Brahman pela
ilusão que Ele mesmo criou, é o Pranavasabdha ou OM.”
“A glória do OM deve ser
apreendida ao longo da vida, para que possa surgir na mente no momento da
partida. Os Upanishads declaram que o Pranava ou OM é a flecha e Deus é o
alvo.”
“É necessário ser lento e firme
no caminho espiritual. Tenha uma rotina regular. Do mesmo modo como um médico
prescreve uma certa medida ou um certo peso de um medicamento e o adverte de que
algo a mais é prejudicial, assim também tenha algum limite para seus exercícios
espirituais. Não exagere e nem os realize casualmente e sem cuidado. Assim como
os remédios precisam ser tomados num horário específico do dia, e um número
determinado de vezes ao dia, assim também o canto do Nome do Senhor e a
meditação precisam ser executados regularmente, em horários específicos, todos
os dias”
“O som dos mantras tem a virtude
de transformar impulsos e tendências.
O vocábulo mantra significa
aquilo que protege e salva, quando repetido na mente. Vibre sempre os mantras
dentro de sua mente. Isso prevenirá o mal falar, conversas sem propósito,
maledicência e escândalo. Fale somente quando seu falar for essencial e só
tanto quanto necessário. Fale docemente e sem quaisquer reservas ou
circunlóquios.”
“O terreno do coração deve ser
arado com a repetição do Nome de Deus”
Bhagavan Sri Sathya Sai Baba
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