A Declaração de Unidade: Dezesseis Características da Nova Consciência
1. Sinto-me parte do mundo. O mundo não está fora de mim, e
eu não estou fora do mundo. O mundo está em mim, e eu estou no mundo.
2. Sou parte da natureza, e a natureza é parte de mim. Eu
sou o que sou na minha comunicação e comunhão com todos os seres vivos. Eu sou
um conjunto irredutível e coerente com a teia da vida no planeta.
3. Eu sou parte da sociedade, e a sociedade é parte de mim.
Eu sou o que sou na minha comunicação e comunhão com os meus companheiros humanos.
Eu sou um conjunto irredutível e coerente com a comunidade dos seres humanos no
planeta.
4. Eu sou mais do que um organismo material de pele e osso:
o meu corpo, células e órgãos são uma manifestação do que eu verdadeiramente
sou. Um ser auto sustentável, auto evolutivo decorrente de um sistema dinâmico,
persistindo e evoluindo em interação com tudo ao meu redor.
5. Sou uma das manifestações superiores mais evoluídas,
impulsionado em direção à coerência e integridade no Universo. Todos os
sistemas se movimentam em direção a coerência e plenitude, em interação com
todos os outros sistemas e minha essência é esta unidade cósmica. É a mesma
essência, o mesmo espírito que é inerente a todas as coisas que surgem e
evoluem na natureza, seja neste planeta ou em qualquer outro nos alcances
infinitos do espaço e do tempo.
Gyorgyi: Estou constantemente evoluindo e sou a mestre da
minha evolução. Mas esta não é uma evolução separada, somente minha: é uma
coevolução com tudo e todos ao meu redor. Como eu evoluo é parte de como eles
evoluem, e como eles evoluem é parte da minha evolução. Eu coevoluo com as pessoas
e com toda a vida no planeta. Eu coevoluo com o Universo e o Universo coevolui
comigo. Nesta integridade eu sou uma pequena, mas não insignificante parte. Eu
sou uma mestre da coevolução no planeta.
6. Não existem limites absolutos e divisões neste mundo,
apenas pontos de transição em que um conjunto de relações rende prevalência
para outro. Em mim, nesta automanutenção e autoevolutiva coerência e sistema
orientado a totalidade, as relações que integram as células e órgãos do meu
corpo são predominantes. Além do meu corpo outras prevalências ganham relações:
aquelas que impulsionam em direção a coerência e plenitude com a sociedade e a
natureza.
7. Minha identidade separada está conectada aos outros seres
humanos, aos outros reinos e a Gaia, é uma convenção conveniente que facilita a
minha interação com todos. Minha família e minha comunidade são tanto “eu”
quanto os órgãos do meu corpo. Meu corpo, mente, minha família e minha
comunidade, estão interagindo constantemente e, elementos de várias prevalências
interpenetram na rede de relações que engloba todas as coisas na natureza como
também o mundo humano.
8. Toda a gama de conceitos e ideias que separam a minha
identidade, ou a identidade de qualquer pessoa ou comunidade, são manifestações
desta convenção conveniente. Existem apenas gradientes que distinguem os
indivíduos entre si e do seu ambiente, não existem divisões reais ou
fronteiras. Não existem “outros” no mundo: SOMOS TODOS UM sistema vivo e todos
nós somos parte um do outro.
Gyorgyi: Com a integridade da minha consciência percebo que
não só não estou separada do mundo em torno de mim, como eu sei que ninguém
está. Todo o conceito de separação é um conceito falso, ilusório. Quando agimos
com este conceito na mente nós dividimos a UNIDADE do mundo, segmentamos sua
integridade em pedaços. Nosso ego nos divide, mas o nosso coração não segue o
exemplo, ele age de forma coerente com toda a Terra. Eu sou parte da Terra,
parte do todo maior, que é o mundo em sua totalidade, uma parte quase invisível,
mas real e inseparável dela.
9. A tentativa de manter o sistema eu sei como “eu”, através
de uma competição implacável com o sistema eu sei como “você”, é um grave erro:
isto prejudica a integridade do todo abrangente que enquadra tanto a sua vida
quanto a minha. Eu não posso preservar a minha própria vida e plenitude
danificando o restante, mesmo que ao danificar uma parte dela me pareça trazer
vantagem a curto prazo. Quando eu te prejudicar, ou a qualquer outra pessoa em
torno de mim, eu me prejudico.
10. A colaboração, não a competição, é a estrada real para a
totalidade que impulsiona os sistemas saudáveis no mundo. A colaboração exige
empatia e solidariedade, e, finalmente, o amor. Eu não evoluo e não posso amar
a mim mesmo se eu não amo você e outras pessoas em volta de mim: somos parte do
mesmo todo e por isto somos parte um do outro.
11. A ideia de “autodefesa” e até mesmo de “defesa
nacional”, precisa ser repensada. Patriotismo visa eliminar adversários pela
força e ilusão de “heroísmo”, mesmo na execução bem-intencionada deste
objetivo, são aspirações equivocadas. Um patriota e um pretenso herói que
brande uma espada ou uma arma é um inimigo também para si mesmo. Cada arma
usada com a intenção de ferir ou matar é um perigo para todos. Compreensão,
conciliação e perdão, sim, são sinais de evolução e coragem.
Gyorgyi: Eu sou parte de uma comunidade chamada humanidade,
meu país é a Terra. A minha família imediata e real é todo mundo na minha
comunidade e no meu planeta. Tudo o que faço não reflete apenas em mim, mas em
todos nesta comunidade, se vivem ao meu lado ou distante. Estou refletindo
conscientemente sobre como eu vivo e o que eu faço, porque tudo o que pensamos
e fazemos afeta todos os outros. Se machucamos alguém, não importa por que motivo
dói em mim e ao praticar a cura em qualquer um estou me curando e a todos os
outros.
12. “O bom” para mim e para todas as pessoas no mundo não é
a posse e/ou acumulação de riqueza pessoal. Riqueza em dinheiro ou em qualquer
recurso material, é apenas um meio para me manter no ambiente. É importante a
forma como eu comando parte dos recursos de todas as coisas que precisam ser
compartilhadas para que todos possam viver e prosperar. A riqueza exclusiva é
uma ameaça para todas as pessoas na comunidade humana. E porque eu sou uma
parte desta comunidade, na contagem final é uma ameaça também para mim e para
todos aqueles que a mantêm.
13. Além do conjunto sagrado que reconhecemos como o mundo
em sua totalidade, apenas a vida e seu desenvolvimento tem o que os filósofos
chamam de valor intrínseco, todas as outras coisas têm valor meramente
instrumental: valor na medida em que aumenta ou melhora o valor intrínseco. As
coisas materiais do mundo, as energias e as substâncias que abrigam ou geram,
só têm valor na medida em que contribuem para a vida e o bem-estar da teia da
vida na Terra.
Gyorgyi: Minha vida e a vida de todos na minha comunidade e
meu planeta é o valor mais alto, muito maior do que qualquer outro tipo de
riqueza contada em dinheiro e bens materiais. Minhas posses não me trazem
prazer ou benefício se elas prejudicam os outros, ou os torna infelizes, ou
diminui sua chances de plenitude e satisfação. O valor de todas as coisas
depende do que elas trazem para a minha vida e uma vez que a minha vida é parte
da vida de todo mundo, sobre o que elas trazem para todas as outras pessoas.
14. Toda pessoa saudável tem prazer em compartilhar: é um
prazer maior do que ter. Eu sou saudável e inteiro quando valorizo o
compartilhar sobre o ter. A verdadeira medida da minha realização e excelência
é a minha disponibilidade para compartilhar. Não é a quantidade do que eu
compartilho que é a medida da minha realização e excelência, mas a relação
entre o que eu compartilho e o que minha família e eu precisamos para viver e
prosperar.
15. Uma comunidade que valoriza compartilhar sobre o ter é
uma comunidade de pessoas saudáveis, orientada para prosperar através da
empatia, solidariedade e amor entre os seus membros. O compartilhamento aumenta
a vida da comunidade, enquanto que possuir e acumular cria limitação, convida à
competição e é o combustível da inveja. A participação na sociedade é a norma
de vida para todas as comunidades no planeta, a sociedade do ter é típica só na
humanidade moderna e é uma aberração.
Gyorgyi: Uma vida dedicada ao entesouramento e coleta do que
os outros ou a natureza podem dar não é uma vida digna de ser vivida. O prazer
que proporciona é de curta duração e insignificante, em comparação com a
satisfação que sinto quando eu posso compartilhar com os outros algo que
resulta do que eu tenho ou faço. Só quando eu compartilho que me sinto-me feliz
e realizada, eu faço parte da totalidade na minha comunidade e meu planeta.
16. Eu reconheço meu papel e responsabilidade na evolução de
uma consciência planetária e pelo exemplo que proporciono aos outros. Eu tenho
sido parte da aberração da consciência humana na idade moderna, e agora desejo
me tornar parte da evolução que supera esta aberração e cura as feridas
infligidas por ela. Este é o meu direito, bem como o meu dever, como um membro
desperto de uma espécie consciente em um planeta precioso e agora criticamente
em perigo.
Gyorgyi: Agora eu percebo que sou parte integrante do mundo,
um membro humano da comunidade terrestre. Eu vivo minha vida, mas a vida que eu
vivo não é apenas a minha vida: é uma vida entrelaçada com toda a comunidade
humana e a Terra. Eu vivo isto da melhor maneira que posso. Esta não é uma
escolha, para mim é um dever. Mais ainda do que um dever, é simplesmente a
maneira como eu sou, um ser humano dotado de consciência de UNIDADE e que
pertence ao todo.
©Ervin Laszlo com Gyorgyi Szabo
Origem: goldenageofgaia
Tradução e Divulgação: A Luz é Invencível ☼
Nenhum comentário:
Postar um comentário