A
Lei da Simetria
A Vida é Duas e Encontra Paz no Equilíbrio
O texto
a seguir foi publicado
pela
primeira vez sem indicação
de nome
de autor no boletim eletrônico
“O
Teosofista” edição de janeiro de 2012.
Um eixo
simétrico é como o fiel de uma balança. Ao redor dele há fatores diferentes e
proporcionais, que compensam uns aos outros.
A
simetria é a expressão geométrica do equilíbrio e da justiça. E tudo é
simétrico no universo e no caminho espiritual: os exemplos disso são
inumeráveis. Há um eixo simétrico entre os dois hemisférios cerebrais do ser
humano, e outro eixo que estabelece o equilíbrio entre o mundo sutil e o mundo
manifestado.
Quanto
maior a sabedoria, maior a serenidade. O
equilíbrio também pode ser descrito na ordem inversa. Quanto maior a
ignorância, menor a sabedoria. Quanto maior o discernimento, menor a
imprudência. Mas todos os fatores se equilibram.
No
plano físico, a terceira lei de Newton - da ação e da reação - é a lei da
simetria. No plano moral, virtudes opostas e complementares, como a coragem e a
prudência, ou a generosidade e o discernimento, encontram seu ponto de
equilíbrio no eixo simétrico que as une e as distingue. Existe também um eixo
simétrico na relação entre os Mestres de Sabedoria e os estudantes de filosofia
esotérica, e um raja-iogue dos Himalaias escreveu no século 19:
“Cada
passo dado por alguém em nossa direção nos forçará a dar outro passo em direção
a ele”.[1]
O mesmo
tipo de equilíbrio ocorre em cada aspecto da vida. A existência de eixos
simétricos no mundo sutil está relacionada à proporção harmoniosa de todas as
coisas, que corresponde à Lei do Carma e da Justiça.
O
chamado círculo de Pascal [2] define o universo como “um círculo cuja
circunferência não está em parte alguma, e cujo centro está em todas as
partes”. Cada “centro” do universo,
podemos acrescentar, é um ponto de simetria que une dois raios, iguais e
opostos entre si.
O
Equilíbrio Entre Plantar e Colher
Quando
dizemos “O que se planta, se colhe”, estamos falando de um processo que é
simétrico. Existe uma simetria mágica entre nascer e morrer, entre a infância e
a velhice, entre o céu e a terra, o espiritual e o material. O casal humano
forma um todo simétrico, e por isso pode gerar vida nova. Em qualquer situação
dada, quando encontramos o eixo de simetria, alcançamos a compreensão, a
plenitude, e a paz.
No círculo
do zodíaco, cada signo tem o seu oposto simétrico. As virtudes e lições de cada
signo existem de modo simétrico e proporcional em relação às lições e virtudes
do signo diretamente oposto. Peixes ensina a percepção do todo, e Virgo ensina
a percepção do detalhe. Touro ensina a
estabilidade, e Escorpião ensina a transmutação. Em Áries aprendemos a iniciativa e a luta, e
em Libra aprendemos a harmonização que busca a justiça. Sagitário dá lições
sobre unidirecionalidade, e Gêmeos dá lições sobre flexibilização. Capricórnio
transmite a disciplina e o rigor do mestre Saturno; e Câncer transmite o amor e
a sensibilidade da Lua. Leão nos mostra como reunir; Aquário nos mostra como
libertar e como ser independente.
Precisamos
de todas estas lições. Por isso a alma humana faz uma peregrinação habitando
sucessivamente cada casa ou “mansão” energética do céu, e assim aprende com
cada um dos pontos de vista, até conhecer o centro da roda da vida universal.
O corpo
humano tem a coluna vertebral como seu eixo simétrico. O que está à esquerda é
proporcional ao que está à direita. E cada ser humano é um resumo do planeta e
do sistema solar. O eixo da Terra é um eixo simétrico. O movimento diário da
Terra em torno do seu próprio eixo faz com que seja renovado continuamente o
contato do planeta com as forças morais e espirituais que governam o sistema
solar. O movimento anual da Terra em torno do Sol também possui um eixo
simétrico, e ele se reflete, como vimos, nos pares de opostos do zodíaco. Tudo
o que há no universo se desenvolve criativamente de acordo com a lei da
simetria, cujo nome mais popular é lei do carma.
NOTAS:
[1]
“Cartas dos Mahatmas Para A. P. Sinnett”, Ed. Teosófica, volume II, Carta 136,
p. 317.
[2]
Que na verdade foi enunciado pela primeira vez por Nicolau de Cusa, segundo H.
P. Blavatsky destaca em “A Doutrina Secreta”.
www.Filosofiaesoterica.com
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